Companhia do grupo Sinergy assumiu o controle da aérea brasileira no ano passado; aeronaves passam a carregar a nova marca imediatamente

A OceanAir Linhas Aéreas informou nesta segunda-feira (26) que vai aposentar o nome e passará a operar com a marca Avianca Brasil. O nome é o mesmo da empresa colombiana “irmã”, que faz parte do grupo Synergy, controlado por brasileiros.

“A mudança de nome não é cosmética, mas um gesto de afirmação, um passo fundamental para consolidar a empresa”, diz Germán Efromovich, presidente da companhia. “O nome Avianca está sendo utilizado por contrato de utilização de marca. A Avianca Brasil permanece tendo OceanAir Linhas Aéreas como nome jurídico”, afirmou.

Segundo Efromovich, a mudança da marca nos aviões começa já nesta segunda-feira. A Avianca assumiu no ano passado o controle da brasileira OceanAir, dentro de um plano de unificação das companhias aéreas que pertencem ao grupo Sinergy.

OceanAir Adota marca Avianca e apresenta primeiro A319

A empresa também anunciou a operação nos próximos dias de seu primeiro Airbus A319. Com capacidade para 132 passageiros, a aeronave tem configuração de classe única. "Esse avião poderia ter 150 lugares, mas optamos por oferecer mais espaço", diz o executivo. A empresa receberá o segundo A319 no final de maio, o terceiro entre o final de junho e início de julho e o quarto até dezembro. Com a chegada dos novos aviões, a companhia aérea prevê um crescimento de 30% em 2010 em receita e oferta de assentos. "Com isso, nossa participação de mercado deve ficar próxima de 4% até o final do ano." Em participação no mercado interno, no momento a OceanAir ocupa a sexta posição, com 2,5%.

Nos próximos dois meses, o primeiro A319 percorrerá a rota Porto Alegre, São Paulo, Brasília e Salvador. Com a entrada em operação do segundo Airbus, essa aeronave será destacada para a ponte aérea Rio-São Paulo.

Foram investidos US$ 250 milhões neste ano, dos quais US$ 200 milhões apenas para a compra de aviões. Depois da reestruturação, anunciada em abril de 2008, agora a empresa se diz preparada para crescer. "Na ocasião reduzimos frota e pessoal, mas estamos prontos para retomar o espaço perdido", acrescenta Efromovich.

Segundo Renato Pascowitch, diretor executivo da companhia, os programas de relacionamento de ambas permanecem inalterados. "Estamos trabalhando para a integração dos programas de fidelidade, mas por enquanto os clientes continuam sendo atendidos de forma separada".

Conforme a companhia, a Avianca planeja comprar mais aeronaves em 2011, mas isso dependerá da evolução do mercado. Desde 2008, quando teve início o projeto de renovação da frota, o grupo Synergy já investiu US$ 6 bilhões.

Interesse em IPO

Perguntado sobre o interesse da companhia em abrir capital, Efromovich lembrou que a Avianca se preparou para lançar um IPO em 2008, mas desistiu em razão da piora nas condições de mercado. "Hoje diria que isso não é considerado prioridade, mas no médio prazo posso dizer que sim, avaliamos a questão", afirmou o executivo.

Com relação aos planos de novas rotas, o presidente da companhia diz não ter planos de entrar em novos mercados ou trocar os Fokker MK28 que opera. "Atualmente temos 15 desses voando na Colômbia e 14 no Brasil e não temos nenhuma intenção de aposentá-las".

A aérea colombiana, fundada em 1919, já havia anunciado em outubro do ano passado fusão com o Grupo Taca, de El Salvador, que é controlado pela família Kriete. O negócio resultou na criação de uma das maiores empresas aéreas da América Latina, com receita anual de quase US$ 3 bilhões e com atuação em toda a região. German Efromovich controla 67% da nova companhia por meio de sua holding Synergy Aerospace e a família Kriete possui os outros 33% de participação. O Grupo Taca possui um conjunto de companhias independentes na América Central e no Peru, enquanto a Avianca é dona da OceanAir e da equatoriana VIP.

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